"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

FALECIMENTO DO TENENTE DÁLVARO JOSÉ DE OLIVEIRA, VETERANO DA FEB

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É com muito pesar que informamos o falecimento do tenente febiano Dálvaro José de Oliveira.

Filho de alagoa­nos, nascido na cidade do Rio de Ja­neiro, o 1º Tenen­te Dálvaro José de Oli­veira ingressou, com ape­nas 17 anos, na carreira militar. Em maio de 1945, participou da Segunda Guerra Mundial, como 3° Sargento, na Bateria do Co­mando de Artilharia Divisionária da 1ª Divisão de Infantaria Expe­dicionária, na Itália.

Dentre as condecorações que lhe foram outorgadas, destacam-se: Cruz de Combate 2ª Classe, Medalha de Campanha, Medalha de Guerra e Medalha do V Exército America­no.

No dia 17 de agosto de 1942, quando viajava no na­vio mercante Itagiba, rumo a Pernambuco, para fazer parte do 7° Grupo de Artilharia de Dorso (7º GADo) em Olinda, teve seu navio atingido por um torpedo. O Ten Dálvaro de Oliveira revelou que chegou a ver um submarino emergindo, que logo desapare­ceu: “… parecia um coqueiro de cabeça para baixo”, comentou para um colega, antes do torpede­amento. Depois de ser atingido, o Itagiba levou apenas 13 minutos para afundar. Mais de 180 pes­soas estavam a bordo no navio, dentre as quais muitos civis, e apro­ximadamente 100 conseguiram sobreviver. Enquanto nadava em dire­ção ao Arará, depois do ataque ao Itagiba, ele e seu colega fica­ram surpresos ao ver que o navio também afundava rapidamen­te, vítima do mesmo submarino, o U-507

Como a área do Farol de São Pedro-São Paulo, na ilha de Tinharé, onde ocorreu o naufrá­gio era cercada de tubarões, seu colega acabou sendo devorado por um. “Este meu colega… sa­bia nadar e quando ele cruzou comigo deu um grito, puxou meu salva-vidas e foi embora, o tubarão o pegou”, lembrou. Assim como os outros tripulantes, foi sal­vo, graças ao Aragipe, um peque­no iate de madeira, que os levou para a cidade de Valença. Além do Aragipe, outras lanchas que haviam recebido o sinal de socor­ro, conseguiram recolher as vitimas do naufrágio.

Antes de se voluntariar para a FEB, Dálvaro sobreviveu ao torpedeamento do Itagiba


Foi voluntário para a FEB e embarcou em 22 de se­tembro de 1944 para a Itália, mas foi somente em maio de 1945, que Dálvaro José de Oliveira foi promovido a 3º Sargento, fazen­do parte da Bateria de Comando de Artilharia Divisionária da 1ª Divisão de Infantaria Expedicio­nária, onde permaneceu até o fim da guerra, participando de todos os combates. Foi participando ativa­mente da guerra na Itália que Dálvaro recebeu suas condeco­rações, dentre as quais onde destaca-se a do V Exército americano, concedida à Bateria Comando, da qual ele fa­zia parte. 

O Tenente Dálvaro foi presidente da Associação nacional dos Veteranos da FEB.

Descanse em paz herói do Brasil!

Fonte: Museu ANVFEB-BH

 

5 comentários:

  1. Acabei de ver o filme não permita Deus que eu morra sem que eu volte para lá ... não tem como não se emocionar com a historia desses herois que deveriam ser sempre lembrados

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  2. Acabei de ver o filme não permita Deus que eu morra sem que eu volte para lá ... não tem como não se emocionar com a historia desses herois que deveriam ser sempre lembrados

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  3. Belo documentário sobre esses heróis que com bravura nós campos de guerra da Itália lutaram contra a tirania de Hitler e o nacismo. Não poderia deixar de falar de meu pai,3 tenente Manoel Bento Rodrigues da Silva. Heroi jamais esquecido por nós de sua família.

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  4. Acabei de ver o filme não permita Deu que eu morra , sem que eu volte para lá.

    2021... O Brasil ainda existe? Porque o Brasileiro tem memória curta. Que pena que nosso país nunca valorizou esses heróis que doaram com sangue para nós libertar da tirania de Hitler e Mussolini. A educação desse Brasil é uma vergonha.

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