"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



quinta-feira, 1 de maio de 2014

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR - MARECHAL JOÃO FREDERICO CALDWELL

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??/??/1801 - Santarém -Portugal

+  26/02/1873 - Rio de Janeiro-RJ


Filho do general Frederico Caldwell, João Frederico Caldwell nasceu em Santarém, Portugal, em 1801 e, já no Brasil, assentou praça no 1° Regimento de Cavalaria, no Rio de Janeiro.

Em 1817, combateu a Revolução Pernambucana, sob o comando do general Luís do Rego Brandão, e regressou ao Rio em 1820, sendo promovido a tenente. Em 1821 assinou o manifesto de 9 de janeiro, que solicitava que D. Pedro I ficasse no Brasil.

Promovido a capitão em 1821, foi enviado a Pernambuco para sufocar a Revolução Republicana. No ano seguinte, após breve passagem pela corte, partiu para o Rio Grande do Sul, para onde já havia sido enviado o 1° Regimento, então participando das operações na Guerra da Cisplatina. Lá serviu sob o comando por Bento Gonçalves, sendo por este elogiado.
Retornou à corte, com a familia e tentou retornar ao Rio Grande do Sul, obtendo sucesso somente em 1834, como major avulso. Tendo servido a D. Pedro I com apreço, foi considerado suspeito pelos regentes de Dom Pedro II e dispensado do exército.

Tornou-se comerciante no Rio Grande do Sul, porém, com o iniciar da Revolução Farroupilha, foi convocado pelo governo para acompanhar o presidente da província deposto Antônio Rodrigues Fernandes Braga em viagem à corte, abandonando seus negócios e ficando à disposição da corte para retornar ao Sul. Entretanto, contrário as suas expectativas, recebeu ordens para combater a Cabanada no Pará, mas conseguiu reverter as ordens e ser enviado de volta ao Rio Grande do Sul, tendo recebido o comando militar de Rio Grande, em 1836.

Em seguida, foi designado major da Brigada Provisória de Cavalaria, organizada por João da Silva Tavares, com a qual combateu na Batalha do Seival. Nesta ação foi ferido na mão direita - a qual posteriormente teve de ser amputada - e feito prisioneiro. Em 23 de outubro seguinte, conseguiu escapar e reintegrou-se às tropas legalistas.

Após uma temporada na corte, retornou ao Rio Grande do Sul, onde ficou até o término do conflito. Em 1842 foi promovido a coronel e, em 7 de julho de 1845, foi nomeado Comandante das Armas do Pará, onde permaneceu até 2 de setembro de 1846. Transferido de volta para o Rio Grande do Sul, foi promovido a brigadeiro no mesmo ano e também Comandante de Armas da província, cargo no qual ficou até 1848, tendo-o reassumido em 1850 interinamente.

Em 28 de agosto de 1850, foi nomeado comandante da 2ª Divisão do Exército do Sul, com o qual marchou para a Guerra contra Rosas. Em 1852 foi nomeado marechal, sendo designado comandante de armas do Rio Grande do Sul, ficando até 1856, e, novamente, de 1857 a 1865, quando irrompeu a Guerra do Paraguai.

Durante a invasão de Uruguaiana, manteve intenso debate com David Canabarro a respeito da necessidade de atacar o inimigo, enquanto Canabarro queria aguardar mais reforços. Após a rendição dos paraguaios em Uruguaiana foi enviado à corte, tomando diversos cargos administrativos. Foi Ministro da Guerra, entre 29 de setembro a 10 de novembro de 1870.

Em 1854 foi nomeado dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro; em 1859, da Imperial Ordem da Rosa e, em 1860, recebeu a grã-cruz da Imperial Ordem de Avis.

O marechal João Frederico Caldwell faleceu no Rio de Janeiro em 26 de fevereiro de 1873.

 
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