"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



quinta-feira, 15 de outubro de 2009

NAPOLEÃO E A AMÉRICA ESPANHOLA

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Quando Napoleão invadiu a Espanha, destituiu o rei Fernando VII e colocou seu irmão, José Bonaparte, no trono Espanhol; os espanhóis reagiram pegando em armas. Os criollos, por sua vez, aproveitaram-se do fato de a Espanha estar sem o seu legítimo rei e formaram juntas governativas (governos locais), passando a se autogovernar em várias colônias da América espanhola.

Essas juntas governativas realizaram o antigo sonho dos criollos de comerciar livremente com todos os países. Algumas delas iniciaram o movimento pela independência.

Foram muitas batalhas sangrentas, e as lutas se intensificaram depois que os franceses foram expulsos da Espanha. O rei espanhol Fernando VII reassumiu o trono e enviou milhares de soldados para tentar impedir a independência na América. Para isso, contou com a ajuda dos exércitos da Santa Aliança, que queriam restabelecer a antiga ordem. Apesar de tantas forças contrárias, os latinos conseguiram a vitória.

Na América do Sul, os exércitos de libertação, com um total de 4 mil soldados comandados pelo argentino José San Martin, libertaram inicialmente a Argentina (1816); depois, libertaram o Chile (1818). Em seguida, o "Exército dos Andes" desembarcou na costa peruana, protegido por navios ingleses, e libertou o Peru (1821). A Inglaterra, tinha interesse em conquistar mercados na América.

Um outro exército de libertação, comandado por Simón Bolivar, venceu as forças espanholas sucessivas vezes, libertando a Colômbia (1819), a Venezuela (1819), o Equador (1822) e a Bolívia (1825).


José de San Martin


Reações externas à independência
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Nas lutas para impedir a libertação de suas colônias americanas, a Espanha contou com a ajuda dos exércitos da Santa Aliança. Apesar disso, foi derrotada pelos exércitos latino-americanos, ajudados pela Inglaterra, país que apoiou abertamente a emancipação política da América Latina.
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A Inglaterra colocou-se ao lado dos países latino-americanos principalmente porque desejava ampliar seu comércio com esses países, comprando matérias-primas deles e vendendo-lhes produtos industrializados.

Outro país que apoiou o processo de independência latino-americana foram os Estados Unidos, que desejavam estender sua influência política e econômica sobre toda a América. Prova dessa intenção é a Doutrina Monroe, lançada pelo presidente americano James Monroe em 1823, cujo lema era "a América para os americanos".


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